Podemos utilizar várias técnicas como recurso para contação de histórias, sendo cada uma delas um novo desafio para quem se habilita no tocante a aperfeiçoar seu conhecimento de aplicação.
Usar o próprio livro: se a história for baseada em um livro com bastante ilustrações, será um ótimo recurso, pois poderá ser usado apontando-se as figuras correspondentes ao momento da narrativa.
Gravuras: fazer uma sequência de figuras(slides, cópias do livro), que deverão ser mostradas à medida que se vai narrando a história.
Figuras sobre o cenário:o cenário será um quadro simples,ou um painel, usando o velcômetro ou tachinhas para ir colocando as figuras no cenário.
Fantoches:as crianças adoram e podem ser usadas com interação entre mais de um narrador ou entre as próprias crianças.
Teatro de sombras: uma luz projeta figuras em uma superfície opaca. A sombra de bichinhos feitas com as mãos exerce grande fascínio sobre as crianças e com figuras recortadas não é diferente.
Dobraduras: embora não seja uma técnica que a maioria domine, o resultado é fantástico, proporciona uma boa interação com as crianças quando a narração acompanha a sucessão de dobraduras feitas por elas.
Maquete: floresta de papel, casinha de papelão, bonecos de feltro dão um grande efeito a qualquer narrativa.
Bocões: são bonecos grandes(tipo ventríloco). prendem a atenção das crianças e fazem praticamente esquecerem do narrador.
Marionetes: são aqueles bonecos comandados por fios presos na cabeça, nas mãos e nos pés. Os operadores ficam por trás de um cenário e a cena se desenrola no chão.
Dedoches: são fantoches pequenininhos utilizados nos dedos, são exelentes para uma pequena platéia.
Interação com a narração: grande recurso que não se pode abrir mão é a música, a todo momento ela é bem vinda, quando em momento que signifique perigo na narração ou para marcar determinado personagem.
lembre-se, não existem limites para a criatividase,coisas simples na hora certa darão um grande desfecho à história.Use e abuse de objetos ou roupas que façam parte de algum personagem (ou de todos os personagens) da história a ser contada.
Para se falar em público,mesmo que seja simplesmente para cotar uma história para um pequeno grupo de crianças, não se pode utilizar a voz da mesma forma que em uma conversa coloquial entre duas pessoas ou mais pessoas. Deve-se ter consciência de que a voz está sendo usada para um grupo ou platéia. Isto faz com que a atenção seja diferente, a distância entre as pessoas é maior, além do objetivo a ser alcançado ser outro. Para que a platéia entenda o que está sendo dito e possa aproveitar o conteúdo das mensagens existem alguns elementos que estão ligados diretamente à voz.
Dicção: se as palavras não forem bem pronunciadas, a mensagem será recebida de forma truncada, pois a não compreensão de uma palavra pode levar à incompreensão de toda a frase e consequentemente o entendimento de toda a história.
Para se ter uma boa dicção, o primeiro passo é tomar cuidado de pronunciar com clareza cada uma das sílabas que compõem a palavra, sentindo cada um dos seus sons.
Volume: um dosgrandes problemas que impede a compreensão de uma narrativa ou de um discurso é quando ele é feito de forma muito baixa, quando as pessoas não escutam.
Também o inverso é muito desagradável, falar alto demais, gritando.
Cada ambiente exigirá um volume de voz adequado e isto precisa ser avaliado.
Velocidade: cada pessoa tem uma velocidade na fala, e isto é uma característica individual, mas essa velocidade pode influir na compreenaão do texto. A velocidade da voz pode auxiliar na interpretação do texto; e a combinação de velocidade e volume pode produzir efeitos interessantes dando colorido à narrativa e tirando a monotonia.
Tonalidade: cada pessoa tem seu registro vocal próprio, mas facilmente pode alcançar alguns tons abaixo e acima desse registro. Isto será suficiente para conseguir um bom domínio da narrativa.
Os diversos personagens dentro de uma história podem ter características vocais próprias tornando-a mais atraente.
Vocabulário: procure usar palavras simples das quais se tem a certeza absoluta de que as crianças entenderão, não se deve usar muitas gírias ou palavras vulgares, pois poderá levar a platéia a desprestigiar o conto poderá ainda dispersar a atenção das crianças.
Por fim, quero dizer que a voz é o principal instrumento do narrador, saber usá-la é técnica fundamental e isto se consegue, com treino e muita dedicação.
Expressão corporal: o corpo deve acompanhar o que está sendo descrito, o corpo fala; a posição do tronco, os braços, as mãos, os dedos, a postura dos ombros, o balanço da cabeça, as contrações faciais e a expressão dos olhos.
Devem-se evitar gestos exagerados, bruscos, pois eles competirâo com a própria narração.
Comunicação de semblante: as emoções que povoam o nosso coração são transmitidos através da expressão do rosto; tristeza, alegria, surpresa, espanto...
A expressão facial poderá falar mais do que as palavras. Porque contar histórias é mais do que simplesmente falar bem, é ser um pouquinho ator.
Contar bem uma história significa interpret´-la, e as vezes é necessário além de narrar, interpretar um, dois ou até mais personagens.
Uma boa dica é acompanhar a expressão que os atores de televisão e teatro atribuem a cada sentimento que desejam transmitir.
Não fazer imitações: é um grande recurso quando se trata de narração de histórias infantis. Imitar a voz rouca e alta do monstro, ou a voz ingênua e gestos delicados da princesa, a imitação da voz de animais.
Concluindo, a imitação traz a brincadeira e as crianças estão sempre prontas para isso.
Observação: uma narração utiliza sempre a terceira pessoa e vez ou outra faz menção de como determinado personagem falou.